Avatar: um experiência doutrinária?

11 jan

Semana passada fui ao cinema com meu pai assistir Avatar. Estava muito curiosa por assistir um filme tão novo e inovador do ponto de vista tecnológico como esse.
Apesar de não ter um enredo inovador, supreendente e diferente, o filme lança no atr algumas mensagens, e foram elas o estopin desse post.
Como todo filme e criação artística carrega uma ideologia, resolvi parar para pensar nelas, ler um pouco sobre algumas coisas escritas e postar aqui no blog.
Sempre fui muito contra essa radicalização que muitos líderes Cristãos, principalmente, fazem sobre as mensagens produzidas pelos cinemas, muitas vezes proibindo seus fiéis de irem ver o filme em questão. Apesar de ser pastor, meu pai nunca foi desses, tanto que foi ao cinema ver o filme comigo e gostou assim como eu, mas o nosso lado crítico e cristão não deixa de enxergar toda a ideologia por traz do filme.
Não posso dizer que todos os aspectos do filme em termos de mensagens são ruins… ao contrário, acho que foram bem construídas, aí é que mora o grande problema.
Um épico tecnológico e revolucionário, que narra a história de amor e redenção de um militar americano ao se encontrar com uma nativa alienígena, faz com que ao sair da sala de cinema, você tenha a impressão de despertar de um sonho, ainda mais se é visto na versão 3D. Porém toda a trama(que se apresenta aparentemente fraca e não prende o telespectados com astúcia) esconde por trás dela a ideologia da Nova Era. Eu sei que no momento muitos de vocês podem estar pensando: “agora ela surtou de vez” xD , mas infelizmente tenho como provar com argumentos essa minha “tese”(não na plenitude da palavra).

A História:
Após a morte do irmão gêmio, o ex-fuzileiro Jake Sully(Sam Worthington) é convidado a ficar no lugar dele no projeto Avatar, criado por cientista que contratados por uma empresa que está interessada em explorar os recursos minerais da Lua Pandora. Após viajar durente longos 5 anos, Jake chega a Pandora, que é habitada por Na’vi, nativos hostis. Ao tranferir sua mente para o corpo de seu avatar, que é uma mistura do DNA do ser humano com o dos nativos, acaba perdendo-se na floresta de Pandora e conhece Neytiri(Zoe Saldana), uma nativa que não o mata por receber um sinal dos espírito mais puro que há na floresta. Após salva-lo, a nativa o leva para sua tribo, onde decidem dar a ele mais uma chance e resolvem faze-lo parte da tribo, ensinando-o os costumes dos Na’vi. Porém, apesar do pacto, Jake faz um acordo com o coronel Quaritch(Stephen Lang) no qual fornecerá todas as informações necessárias sobre os nativos em troca de conseguir andar novamente, já que ele havia ficado paralítico em serviço. No decorrer da convivência com os Na’vi, apaixona-se por Neytiri e pelo próprio planeta, sofrendo uma profunda mudança e tornando-se realmente um deles, sendo assim efetivamente aceito pela tribo. Porém ele ainda precisa dos seres humanos e da tecnologia do projeto avatar para estar em contato com os nativos e seu grande amor, mesmo assim Jake passa a defender a terra dos Na’vi e com ajuda de outros cientistas, começa a luta dos alienígenas contra a humanidade.


A ideologia:
Resumindo… A Nova Era prega que estamos encerrando a era de Peixes, ou seja a era dos Cristãos, e iniciando a era de Aquarios. Mas não podemos resumir as crenças dessa ceita apenas nesse elemento. Para falar um pouco mais dela, vou usar os elementos do filme que propagam essa ideia.
Para começar vou falar do elemento do filme que mais me incomodou na própria sala de cinema que foi a religião dos Na’vi. A deusa deles é chamada de Eywa, uma espécie de Gaia, que está presente em toda a natureza e seres vivos, ligando-se a eles através de sinapses. Mostrando ao público uma idéia panteísta e no qual Deus é tudo e que tudo é Deus, assim a natureza é posta como algo a ser adorado, de todas as teorias expostas com certeza essa é a que mais se evidência no filme, tendo momentos em que para matar um ser vivo eles fazem todo um ritual para que a morte seja limpa.
Outro aspecto apresentado no filme é o poder de trasformação do ser humano comum para um ser mais evoluído, que no caso eram os nativos de pandora, que como apresentados no início do longa são maiores que os humanos e seus ossos são bem mais fortes e resistentes, além de seu elevado nível espíritual, sendo assim uma raça superior. Para que isso acontecesse era necessário ser levado da terra a Pandora. Da mesma forma a Nova era crê que um dia a humanidade alcance um elevado desenvolvimento espiritual, criando um regime “cosmocrático” e as pessoas menos evoluídas seriam sequestradas por ÓVNIS, levadas para outros lugares e passariam pela evolução necessária. Isso me parece tanto com o que aparece no filme… acho que é só imprssão mesmo! Alias esqueci de falar, que no filme é possível que o humano permaneça eternamente no corpo de seu avatar, tendo apenas que passar por um ritual… eu, hein!?
No filme os seres humanos são chamado de “povo do céu” pelos nativos. O “povo do céu” é ambiciosos, egoísta, impiedosas, cruel… Os humanos, no filme, eram tão ruins, com algumas pouquíssimas exessões, que teve uma hora do filme que cheguei a pensar: “eu odeio esse povo do céu”, assim que concretizei esse pensamento, foi como um dispertar para a realidade ideológica do filme… trágico, trágico, trágico… Para a nova era, na era de peixes o ser humano se preocupa mais com o mundo material do que espíritual. Porém com a era de aquário a humanidade estará ligada com a natureza e o cósmo, mas para isso ocorrer deve haver um casamento entre o céu e a terra mãe(ideia originária da mitologia grega), que estabelecerá o equilíbrio cósmico entre todas as energias. Jake Sully, apesar de amar a Pandora, ainda pertence ao povo do céu, mesmo assim juntasse com Neytiri, que é uma Na’vi e conseguesse conectar com a terra mãe. Amo as coinscidências! xD


O Avatar:
Avatar, palavra originária do Sanscrito, que significa “aquele que descende de Deus” ou “encarnação” e designa o messias para os adeptos da Nova Era. Eles creem que o messias estabelecerá a paz e unirá governos de todo o mundo(para nós etá mais para o Anticristo), porém para eles cada era tem o seu messias, como Jesus, que foi o messias da era de peixes, porém haverá um outro para a era de Aquarios. Também creem que Jesus Cristo é apenas um ser de nível evolutivo alto e que qlaquer um pode chegar a esse nível. No filme Neytiri fala a Jake sobre um de seus ancestrais que foi o cavaleiro do sei lá o que, perdoem-me, mas realmente eu não lembro o nome, mas ele foi escolhido pelo grande monstro que voa, o qual o nome eu também não lembro, e os dois eram invencíveis. Ela também fala que para o animal escolher alguém é muito raro e só acontece de muitos e muitos tempos. Nem preciso dizer que Jake é meio que “escolhido”, na verdade ele o fez por merecer, já que no filme ele foi a pessoa que mais evoluiu, né?

O despertar:
Há uma frase no filme que de todas já dita no decorrer da história é a menos clichê e é a que cria um ponto de interrogação na cabeça de quam assiste o filme: Ao lutar com Jake Sully o coronel Quaritch diz:
“Como você se sente traindo sua própria espécie?”
Pra mim a genealidade ideológica do filme resume-se nessa frase, pois por mais que Jake seja o mocinho, o bonitinho que salva os nativos e se regenera, ele é o traídor de sua espécie. E ai o filme se sobressai, ai ele se destaca, pois nesse momento percebemos que a luta que o autor nos leva a defender é contra nós mesmos. Aí complica, né?

Mesmo tendo amaaaaaado ao filme, senti-me na obrigação de escrever esse post, não para impedir vocês de assistirem ao filme, mas sim para criar um senso crítico maior no espectador. Isso é tão real que recomendo que assistam o filme porque realmente vale muito apena, mas não engulam tudo os que lhe é lançado porque nossa cabeça não é lata de lixo! Também digo que pra mim é complicado escrever tudo isso sobre o filme, porque foi dirigido por James Cameron’s, que dirigiu Titanic, que ao contrário desse filme traz uma mensagem cristã muito forte, que um outro dia desses pode ser alvo do nosso post.
Apesar de tudo o que defendi o ponto auto do filme é que ele expõe o sentimento imperialista que domina a nossa sociedade entre outras mensagens como as consequências da ambição desenfreada, porém o ponto fraco é a colocação da natureza como divindade.

Fontes:
* A ideolodia da Nova era: doutrinas da Nova era(http://solascriptura-tt.org/Seitas/DoutrinasNovaEra-FCesar.htm)
* Wikipédia: avatar(http://pt.wikipedia.org/wiki/Avatar)

Uma resposta to “Avatar: um experiência doutrinária?”

  1. Roberta janeiro 15, 2010 às 9:43 pm #

    caraca, que mulher cdf!
    pre, concordo com td!
    temos q ter cuidado…somos como esponjas, absorvemos td mas temos q ter cuidado com isso (absorvendo só o bom)

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